Respect!

Quando acabamos relações estamos longe de dizer que é fácil. Dificilmente ambos estarão de acordo e dificilmente não haverá um a sofre mais que o outro.
Nunca é fácil para quem quer terminar uma relação, ou porque sabe que vai magoar o outro, ou porque não quer fazer a outra pessoa infeliz, ou porque após tanto penar e analisar sabe que por muito que tente já não consegue ser feliz e muito menos fazer o outro feliz. Do outro lado, poderá estar alguém que, vê um futuro, não entende o fim da relação, ora porque se diz feliz, ora porque ama a outra pessoa e foi totalmente apanhado de surpresa.

Esta semana falava com a minha chefe sobre o fim de relação de uma pessoa próxima dela. A pessoa viveu seis anos para a outra pessoa, tendo suportado todos os custos de uma casa e de um curso, que era o sonho da outra pessoa (uma segunda licenciatura). No final, a outra pessoa achou que já não era feliz, que já não fazia sentido seguir caminho com aquela pessoa e sem ninguém prever colocou um ponto final na relação.
A pessoa podia ter-se sentido usada, magoada pela falta de reconhecimento, afinal de contas a outra conseguiu o curso (um sonho de uma vida), conseguiu trabalho na área e chutou-o para canto. Mas não, a pessoa respeitou, deixou-a seguir caminho. Não foi assim tão linear, houve revolta, houve a fase de luto mas a conclusão foi o respeito pela vontade da outra pessoa.

Falávamos nós que por muito que amemos alguém nunca iremos fazer com que a outra pessoa nos ame da mesma forma. Todos já tivemos, alguma vez na vida, um desgosto amoroso, faz parte do nosso percurso. Choramos baba e ranho, barafustamos, achamos que vamos morrer de desgosto, a vida não presta, não pode prestar, afinal de contas gostamos de alguém que não gosta de nós.
Mas depois, que mais há fazer senão respeitar a vontade do outro? Não tem o outro direito de gostar de nós ou não? Tem o outro de estar com alguém de quem não gosta? E nós, nós temos de estar com alguém que não gosta de nós? Até que ponto a nossa vontade pode transcender a vontade do outro?

Comentários

  1. O término de uma relação é sempre doloroso, por mais que seja por mútuo acordo. Quando não o é, e acontece sem sinais prévios, torna-se ainda mais angustiante. Mas este respeito não se pode perder

    r: Sim, até porque é cada vez mais comum

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  2. Eu já estou há algum tempo numa relação, mas ainda me lembro como é levar com os pés e como é ser aquela que acaba tudo. Obviamente que custa muito mais quando não somos nós a terminar a relação, não há como negar isso e custa muito. Mas também não gosto de estar do outro lado, é frustrante perceber que investimos numa relação que não vai vingar, que percebemos que não tem futuro. Acho sempre triste que tenhamos que acabar com algo que tínhamos esperança que resultasse.

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