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Mostrando postagens de abril, 2019

Do Sri Lanka

Não gosto de religiões no geral, ou antes, consigo entender o seu propósito, acho que a ideia original foi boa, no entanto com o passar dos anos as pessoas foram distorcendo o verdadeiro propósito destas. As religiões deviam servir para apaziguar muitas vezes a dor, para dar uma esperança, para acalmar os corações feridos, para a entreajuda e a passagem do amor ao próximo. Fui baptizada, andei na catequese, fiz parte de um grupo religioso no entanto com o passar dos anos distanciei-me da religião. Neste momento rejo-me pelos bons valores da vida e aceito o que me dá.  Entendo alguns valores que a religião passa, e no fundo são bons valores mas para mim tudo tem o seu limite e a interpretação dos mesmos pode levar a diferentes fins. Raramente demonstro a minha opinião, religião e futebol não se discutem fora de casa, na minha nem dentro. No entanto enerva-me sempre a ideia que passam de que Jesus vai-te castigar. Quanto vezes não ouvi o "Não digas isso, olha que Deus castiga-te

Mais parado que as estações de comboios que os vêm passar

Ando uma molengas, no entanto a minha vida nos últimos dias anda tudo menos molengas. Escrevi um posto sobre nunca aceitarei menos do que mereço e realmente a vida veio e mostrou-me que eu tinha razão, em breve partilho a novidade. Escrever a tese tem sido um suplicio, uma frase por dia nem sabem o bem que lhe fazia, no entanto nem isso consigo. Estive 18 dias para receber uma resposta do meu orientador de estágio, 18 dias, só respondeu depois de um email bem esclarecedor ameaçador ao qual nem um dia demorou a dar-me resposta. A Notre Dame ardeu, os motoristas de substancias perigosas fizeram greve e eu estava em transe. A Páscoa passou e eu só meti ao buxo duas amêndoas, duas amêndoas... Vontade procura-se, se tiverem para oferecer também aceito... É um post sem nada para dizer mas é só para mostrar que estou aqui.
A semana passada fui passar uma das tardes com a minha avó materna. Ela via a novela quando eu cheguei e continuamos com a televisão como companhia. Começou o programa da Júlia, que tinha uma convidada especial e um pouco fora de época. A senhora deveria ter os seus 40 anos, ou um pouco mais, e tinha 8 filhos. Sim, 8 filhos. A minha avó, senhora com 83 anos e de outra geração estava estupefacta. Talvez por também ela ter tido 8 filhos, numa outra altura onde a vida dela nada se assemelhava à de uma mulher desta altura. A senhora era professora, nunca tinha deixado de exercer, e tinha 8 filhos. 8 filhos! Quem me conhece sabe que gostava de ter 3 filhos, sempre quis uma família grande, sempre quis ser mãe, j á falei disso por cá , sempre sonhei estar rodeada de crianças. A certa altura, quase no final da conversa, a Júlia conta que tem uma amiga próxima, que tinha 9 irmãos, sendo ela a décima e que acreditava que a mãe nunca a conheceu realmente, questionando a entrevistada se conhec

Sorte de formiguinha!

Digo por hábito que tenho uma sorte de formiga, na realidade não faço a mínima se as formigas têm sorte ou não, mas a minha às vezes é tão pouca, ou nenhuma que digo ser sorte de formiga. Agora que tenho mais tempo livre queria dar uso à minha máquina de costura, vai daí que sábado decidiu começar a dar ponto muito largos sendo que o tensor da linha não estava a funcionar muito bem. Hoje fui com ela ao "mecânico", um senhor já com uma idade. "Oh menina em tantos anos nunca vi estas peças avariarem, não percebo o que se passou aqui!" Olhe nem, nem eu percebi o que se passou aí, se tivesse percebido não a tinha trazido para arranjar não é verdade?! (Claro está, pensei não disse) Só a mim acontece as coisas mais estranhas que podem acontecer!
Aquele momento básico em que preenchemos o IRS, pensamos que vamos ficar ricos, mas apenas receberemos uns miseros euros.

O interior!

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Na minha ausência fartei-me de fazer coisas boas. As semanas eram péssimas, num ambiente tóxico, saía de casa a chorar, porque não queria ir, mas os fins-de-semana eram cheios de coisas boas e muito amor. Posto isto, agora que tenho bastante tempo livre e com qualidade vou partilhando convosco locais que me fizeram bastante feliz. Logo no inicio do ano decidi que íamos passar um fim de semana ao interior do país. Trabalhei mais de um ano num Concelho com 4mil habitantes e desde então sou apaixonada por toda aquela zona. O namorado não conhecia, então foi um óptimo mote para voltar onde tão feliz fui.  Começamos a viagem pela magnífica estrada que liga o Porto à Régua, a vista pelo Douro fantástica e as curvas que o homem tanto gosta. Decidimos fazer uma paragem na Régua para visita ao Museu do Vinho do Porto. Pessoalmente adoramos, somos apaixonados pelo vinho do Porto como tal para nós fazia todo o sentido conhecermos um pouco mais da sua história. No final tivemos direito a u

Nunca aceitarei menos do que mereço!

Os  meus 29 anos já me trouxeram alguma sabedoria, bem sei que sou uma cachopa em projecto de adulta, mas aprendi ao longo dos anos que não aceitarei menos daquilo que mereço. As pessoas tendem a ter memória selectiva e por norma, só o que lhes interessa bem à memória. Passarmos de geniais a bestas são apenas precisos fracções de segundos, sendo que o tempo em que fomos geniais, sem nos queixarmos de nada é esquecido. Como disse, não aceito menos daquilo que mereço, não aceito nada que não me faça feliz, não aceito viver em ambientes tóxicos, onde não consiga ir com vontade para dar o meu melhor, onde me sinta bem. Esta será a postura que manterei para o resto da minha vida, será a minha forma de viver, porque não há nada melhor do que andarmos bem, bom com nós próprios e bem com a vida.