Prioridades
Nunca usufrui da prioridade por estar grávida, já me cederam o lugar na fila no supermercado uma única vez e regra geral noto que as pessoas não estão dispostas a ceder o seu lugar a uma grávida. Gravidez não é doença, não é verdade!
Quando fui fazer as análises do segundo trimestre, as famosas dos diabetes, a menina do balcão informou-me que iria demorar 2 horas no processo e que iria avisar as colegas para que eu fizesse logo a colheita, usufruindo da prioridade.
Achei um máximo, tinha umas 15 pessoas à minha frente, aparentemente zero grávidas, e todos aqueles iriam fazer a sua recolha e iriam à sua vidinha comer um bom de um pequeno almoço enquanto eu aguardava 2 horas.
A recepcionista passou a mensagem às colegas, mas a mensagem não foi bem entregue, numa visita da recepcionista ao gabinete de recolhas eu relembrei que ainda me encontrava ali à espera e que não tinha sido logo atendida. Muito atenciosa pediu imensa desculpa e voltou avisar as técnicas.
Mas, eis senão quando uma menina no canto da sala de espera se exalta, toda enervada porque também estava grávida, também estava à espera e também estava em jejum. Perguntei-lhe se também iria fazer as análises do segundo trimestre, se também iria ter de esperar duas horas entre recolhas e se assim era que ela deveria ter falado mais cedo.
A menina estava claramente enervada comigo, porque eu QUE NÃO PEDI NADA, estava a pedir prioridade, estando a passar à frente dela. A menina tinha razão, mas eu volto a repetir eu não pedi nada, e a verdade é que a menina fez as suas análises e foi à sua vida, já eu aguentei duas horas de espera e três recolhas.
Não usufruo mais vezes da prioridade porque não quero chatices, porque as pessoas não estão preparadas para serem boas, para verem as coisas tal como elas são, cada um só olha para o seu próprio umbigo. Porque a gravidez não é doença diz a maior parte.
Quando fiz as análises do primeiro trimestre esperei pela minha vez, tal como todas as pessoas que lá estavam, desta vez fui informada pela recepcionista que como teria de esperar duas horas iriam logo fazer a recolha. Parece-me correcto que, alguém que está em jejum e ainda vai estar por mais duas horas possa passar à frente daqueles que após recolha irão comer alguma coisinha.
Custa-me que a maioria das pessoas não consiga ter compaixão, não consigam vestir a pele dos outros, custa-me ainda mais que venha da parte de alguém que também está grávida e daqui a uma semanas irá fazer a mesma análise que eu e terá de esperar o mesmo tempo que eu.
Quando fui fazer as análises do segundo trimestre, as famosas dos diabetes, a menina do balcão informou-me que iria demorar 2 horas no processo e que iria avisar as colegas para que eu fizesse logo a colheita, usufruindo da prioridade.
Achei um máximo, tinha umas 15 pessoas à minha frente, aparentemente zero grávidas, e todos aqueles iriam fazer a sua recolha e iriam à sua vidinha comer um bom de um pequeno almoço enquanto eu aguardava 2 horas.
A recepcionista passou a mensagem às colegas, mas a mensagem não foi bem entregue, numa visita da recepcionista ao gabinete de recolhas eu relembrei que ainda me encontrava ali à espera e que não tinha sido logo atendida. Muito atenciosa pediu imensa desculpa e voltou avisar as técnicas.
Mas, eis senão quando uma menina no canto da sala de espera se exalta, toda enervada porque também estava grávida, também estava à espera e também estava em jejum. Perguntei-lhe se também iria fazer as análises do segundo trimestre, se também iria ter de esperar duas horas entre recolhas e se assim era que ela deveria ter falado mais cedo.
A menina estava claramente enervada comigo, porque eu QUE NÃO PEDI NADA, estava a pedir prioridade, estando a passar à frente dela. A menina tinha razão, mas eu volto a repetir eu não pedi nada, e a verdade é que a menina fez as suas análises e foi à sua vida, já eu aguentei duas horas de espera e três recolhas.
Não usufruo mais vezes da prioridade porque não quero chatices, porque as pessoas não estão preparadas para serem boas, para verem as coisas tal como elas são, cada um só olha para o seu próprio umbigo. Porque a gravidez não é doença diz a maior parte.
Quando fiz as análises do primeiro trimestre esperei pela minha vez, tal como todas as pessoas que lá estavam, desta vez fui informada pela recepcionista que como teria de esperar duas horas iriam logo fazer a recolha. Parece-me correcto que, alguém que está em jejum e ainda vai estar por mais duas horas possa passar à frente daqueles que após recolha irão comer alguma coisinha.
Custa-me que a maioria das pessoas não consiga ter compaixão, não consigam vestir a pele dos outros, custa-me ainda mais que venha da parte de alguém que também está grávida e daqui a uma semanas irá fazer a mesma análise que eu e terá de esperar o mesmo tempo que eu.
Opa, isto dava pano para mangas. As pessoas fazem de conta que nem vêem, mesmo que a grávida tenha um barrigão de 8 meses... é vergonhoso. Gravidez não é doença, certo. Mas a prioridade também não é para gente doente, é para grávidas e é para ser usada! A gravidez mexe com uma série de coisas no corpo e é para ser encarado como tal, não como se a mulher estivesse no seu estado normal. É simples, mas as pessoas são uma vergonha em termos de civismo.
ResponderExcluirConcordo tanto contigo! As pessoas não têm o mínimo de respeito pelo próximo.
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